Seminário Documentação e História da Música II
CURSO: Mestrado
DISCIPLINA: Seminário Documentação e História da Música II
CÓDIGO: 04P7M63
CRÉDITOS: 03
CARGA HORÁRIA: 45
PRÉ-REQUISITO: Seminário Documentação e História da Música I
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
- Teorias decoloniais: definições, metodologias e aplicações ao contexto musicológico (Maldonado Torres, 2008: Mignolo, 2011: Mignolo & Walsh, 2018)
- 2008: Mignolo, 2011: Mignolo & Walsh, 2018) Estudos de racialidade e música: análise de teorias recentes no contexto internacional e no contexto brasileiro (Stover, 2016: Eidshein, 2019; Mbembe, 2018; Araújo, 2015; Abreu, 2017; Hertzaman, 2013; Lemos & Aragão, 2023).
- Teorias arquivísticas contemporâneas: o arquivo como tecnologia de dominação colonial (Stoler, 2002), e seus usos ideológicos e políticos (Hoffman, 2015)
- Sociologia da música em abordagens pós-Bourdieu: teoria ator-rede (Latour, 2012), teorias da mediação (Hennion, 2003, 2011), perspectivas pragmatistas (Born, 2010).
- Estudos de música popular urbana no Brasil: perspectivas históricas (Vinci de Moraes, 2019), biográficas (Bessa, 2010), gêneros e instrumentos musicais (Saraiva, 2020; Vidili, 2021), questões notacionais (Alcofra, 2021).
METODOLOGIA
Aulas focadas em discussões sobre os textos propostos, que propiciem um debate rico e profundo sobre as questões teóricas analisadas e que dialoguem com as pesquisas e temáticas desenvolvidas pelos mestrandos.
AVALIAÇÃO:
A avaliação será realizada a partir de dois parâmetros: a) participação dos alunos nas discussões sobre os textos em sala de aula, aferida continuamente ao longo do curso; b) entrega de um trabalho final da disciplina, em formato de artigo acadêmico, que relacione os temas trabalhados em aula com as propostas de pesquisas desenvolvidas pelos alunos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
HENNION, Antoine (2011). “Pragmática do Gosto”. Revista de Ciências Sociais da PUC-Rio, nº 8, jan/jul: 253-277.
HERTZMAN, Marc. Making Samba: a New History of Race and Music in Brazil. Duke University Press, 2013.
VINCI DE MORAES, José Geraldo (2019). Criar um mundo do nada: a invenção de uma historiografia da música popular no Brasil. São Paulo: Intermeios.
Obs: os textos da bibliografia básica estão disponíveis para empréstimo no Núcleo de Estudos em Música Popular (NEMP/UNIRIO, Sala II-304 do IVL)
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ABREU, Martha (2017). Da Senzala ao palco: canções escravas e racismo nas Américas (1870-1940). Campinas: Editora UNICAMP.
ALCOFRA, Luiz Flávio (2021). “Mediações nos processos editoriais em música popular: um estudo de caso dos sambabooks”. Tese de Doutorado. PPGM, UNIRIO.
ARAÚJO, Anderson Leon Almeida de (2015). “Sou da macumba e no feitiço não tenho rival”: A música negra de J. B. de Carvalho e do Conjunto Tupy (1931-1941). Dissertação de mestrado em História, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, Universidade Federal Fluminense.
BESSA, Virgínia de Almeida (2010). A escuta singular de Pixinguinha, história e música. Popular no Brasil dos anos 1920 e 1930. São Paulo: Alameda.
BLACKBURN, Robin (2003). A construção do escravismo no Novo Mundo. São Paulo: Editora Record.
CARVALHO, José Jorge de (2000). Um panorama da música afro-brasileira. Série Antropologia. Brasília.
DENNING, Michael (2016). “Decolonizing the ear: The Transcolonial Reverberations of Vernacular Phonograph Music”. In: Radano, R. & Olanyian, T. Audible Impire: Music, Global Politics, Critique. Durham and London: Duke University Press.
EIDSHEIM, Nina Sun (2019). The Race of Sound: Listening, Timbre & Vocality in African American Music. London-Durham: Duke University Press.
GHADDAR, J. J. & CASWELL, Michelle (2019). “To go beyond: towards a decolonial archival practice”. Archival Science, 19:71–85.
HENNION, Antoine (2003). “Music and Mediation” In: M. Clayton et al (eds). The Cultural Study of Music: 80-91. London: Routledge.
LATOUR, Bruno (2012). Reagregando o social. Salvador, Bauru: Edufba, Edusc.
LEMOS, Maya & ARAGÃO, Pedro (2023). A cor do som: construção de alteridade e racialidade na fonografia brasileira em 78 rotações na primeira metade do século XX. Revista de História, n.182, a09422.
MALDONADO-TORRES, Nelson (2008). La descolonización y el giro des-colonial. Tabula Rasa, n. 9, p. 61-72, Jul./Dec.
MBEMBE, Achilles (2018). Crítica da Razão Negra. São Paulo: N-1 Edições.
MIGNOLO, Walter (2011). The Darker Side of Modernity: Global Futures, Decolonial Options. Durham & London: Duke University Press.
MIGNOLO, Walter & WALSH, Catharine (2018). On Decoloniality: Concepts, Analytics, Praxys. Durham & London: Duke University Press.
SARAIVA, Joana (2020). Diálogos transatlânticos: a circulação da habanera nas cidades de Rio de Janeiro e Buenos Aires (1850-1880). Doutorado em Música. PPGM UNIRIO.
STOEVER, Jennifer Lynn (2016). The Sonic Color Line: Race and the Cultural Politics of Listening. New York: New York University Press.
STOLER, Ann (2002). Colonial archives and the arts of Governance. Archival Science, v. 2, p. 87-109.
VIDILI, Eduardo (2021). A vida social do pandeiro no Rio de Janeiro (1900-1939): trânsitos, significados e a inserção no rádio e fonografia. Tese de Doutorado. PPGM, UNIRIO.




