CHAMADA PARA O DOSSIÊ: POR UMA PEDAGOGIA MACUNAÍMICA: INFÂNCIAS, ESTUDOS DECOLONIAIS E RESISTÊNCIAS PLURAIS NA CONTEMPORANEIDADE

A Alegria é a prova dos nove-
Oswald de Andrade

Inspirado na alegria como nossa força maior, o presente dossiê se propõe a homenagear o centenário da semana de Arte Moderna (1922) . A aposta desta chamada encontra-se na complexidade e na capacidade inventiva e aglutinadora da temática, bem como na sua força política e epistêmica ao propor celebrar e perscrutar os impactos e influências da Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo no período de 13 a 18 de Fevereiro de 1922, na educação brasileira, sobretudo na educação das infâncias das classes populares, ao problematizar pela primeira vez os impactos objetivos e subjetivos da herança colonial eurocêntrica adotada nas pedagogias direcionadas às crianças brasileiras. O centenário da Semana de Arte Moderna (1922-2022) nos parece oportunizar um espaço-tempo fundamental para aprofundarmos a questão de uma Pedagogia Macunaímica, tão cara à Profa. Drª Ana Lúcia Goulart de Faria , pesquisadora "criancista, feminista, anticapitalista e paulistana desvairada", coordenadora do Grupo de Pesquisa em Educação e Diferenciação Sócio Cultural (GEPEDISC), que comemora 25 anos de estudos e pesquisas na FE/Unicamp. Uma Pedagogia Macunaímica ao assumir uma perspectiva "antropofágica" provoca ao desafio de pensar uma educação infantil que não aparta ciência e arte, educar e cuidar, pensar e fazer, criar e reinventar, pedagogia e política procurando pensar/problematizar, sobretudo com Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Raul Bopp, Patrícia Galvão, Cecília Meirelles, dentre outr@s, o caráter inacabado da experiência da semana de Arte Moderna, perscrutando e reconstruindo as suas possibilidades utópicas e germinativas. Em tempos tão sombrios, quando temos diante dos nossos olhos um amontoado de escombros (BENJAMIN, 1994) é urgente nos abrirmos às possibilidades que as energias utópicas do passado podem nos oferecer. Nessa perspectiva, o presente dossiê é uma tentativa de trazermos à discussão um pensamento pedagógico alternativo de alternativas, risível, brincante, decolonial, antropofágico, impertinente e "Pau-brasil".

Prazo para envio dos textos: 04 de DEZEMBRO de 2021 (via plataforma da revista).
Publicação: Janeiro 2022 .

Profa. Drª Adriana Silva -GEPEDISC/UDESC
Profa. Drª Maria Tereza Goudard Tavares -UERJ/FFP/PPGedu
Organizadoras

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