A aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio (PPG-PMUS) Nanci Simão da Rocha participou da visita da ministra da Cultura, Margareth Menezes, às Docas André Rebouças, na região Portuária do Rio de Janeiro, no dia 10 de outubro. O espaço, que antes se chamava Armazém Dom Pedro II, foi renomeado em homenagem ao engenheiro e abolicionista negro André Rebouças, figura central na história do país e símbolo da luta por liberdade, ciência e justiça social.

Além de Nanci, acompanharam a ministra o presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro (Iphan-RJ), Patrícia Regina Corrêa Wanzeller, e representantes do Ministério da Cultura. Também estiveram presentes o grupo Filhos de Gandhi, gestores da Casa de Rui Barbosa e a equipe da Fundação Cultural Palmares.

O projeto de pesquisa desenvolvido pela doutoranda no PPG-PMUS aborda o legado de André Rebouças para o patrimônio histórico e cultural brasileiro. “O espaço das Docas foi construído por André Rebouças. Além de ser engenheiro, ele era também empresário, e investiu suas finanças na construção de um espaço onde as mercadorias que chegassem ao porto pudessem ser armazenadas”, revela a pesquisadora. Para ela, a mudança de nome do local é uma reparação histórica. “Nada mais justo do que dar à criatura o nome de seu criador”, sentencia.

Nanci desenvolveu toda sua carreira acadêmica na UNIRIO. Além do doutorado em andamento, graduou-se em Biblioteconomia, em 1988, e concluiu o mestrado profissional, em 2023, também pela Universidade. O interesse por André Rebouças surgiu quando atuou como bibliotecária do Clube de Engenharia, de 2013 a 2015. O abolicionista foi um dos fundadores e vice-presidente da entidade, localizada no Centro do Rio de Janeiro.

(Com informações da Fundação Cultural Palmares)