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Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck

Família: CACTACEAE

Nome científico: Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck

Nome popular: palma

 

Nopalea cochenillifera - Canto das Flores n. 3

Nopalea cochenillifera - Canto das Flores 2

Nopalea cochenillifera - Canto das Flores 1

Nopalea cochenillifera - Canto das Flores 4

Fotos: Ricardo Cardoso Antonio

Barra exsicata

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Exsicata - Nopalea cochenillifera

Foto: Matheus Gimenez Guasti

Barra verde - características

Popularmente conhecida como palma ou palma-doce, a Nopalea cochenillifera é um cacto, nativo da América Central e México, muito cultivado no Brasil e facilmente encontrado como cercas-vivas e em jardins, pelo seu aspecto bastante ornamental. Apresenta-se como um arbusto, atingindo até 3 metros de altura com cladódios basais de aspecto cilíndrico servindo como tronco, bastante ramificado. Deste tronco partem filocládios, de formato ovalado a elíptico, achatados, articulados, suculentos, de cor verde e cobertos espaçadamente por aréolas com pequenos e afiados tricomas. As flores são solitárias, com pericarpelos verdes, perianto cor-de-rosa forte, lobos do estigma de cor verde clara e estames numerosos, com filetes cor-de-rosa e anteras amarelas. Dificilmente forma fruto, mas propaga-se facilmente, de forma assexuada, a partir de brotamento.

A palma é uma espécie cultivada desde a época pré-colombiana, pelos astecas, que a utilizavam como alimento, consumindo seus frutos e filocládios cozidos, sendo utilizada no preparo de sopas, geléias, saladas e ensopados. Na medicina tradicional é usada como chá para aliviar dores nos rins e dor de garganta, e como cataplasma em feridas, erisipela e furúnculos. No Brasil, é conhecida como PANC e utilizada como planta ornamental; no nordeste brasileiro, é muito cultivada para servir como planta forrageira.

Em várias partes do mundo, com destaque para as Ilhas Canárias e Peru, a Nopalea cochenillifera é cultivada em associação com cochonilhas (Dactylopius coccus), um inseto da ordem Hemyptera, nativo da América Central. As fêmeas desta espécie produzem uma substância de defesa contra predadores, o ácido carmínico, que é utilizado como matéria prima para a produção do carmim. O carmim é um corante de cor vermelha, usado há centenas de anos pelos povos pré-colombianos, para tingir tecidos. No século XVI, lotes de cochonilhas eram exportados da América Central para a Espanha, onde serviam para a produção de maquiagem. Atualmente, é usado pela indústria alimentícia, sendo adicionado em iogurtes, geleias, sorvetes, tortas de frutas, biscoitos e refrigerantes, para dar cor vermelha aos alimentos, principalmente aqueles sabor morango ou frutas vermelhas, podendo ser identificado como um ingrediente na embalagem do produto: "corante natural carmim-de-cochonilha". Também é utilizado na indústria de cosméticos, onde é usado principalmente na fabricação de xampus e maquiagens, como batons e sombras, e na indústria farmacêutica. Para a produção de um quilo de carmim, são necessárias 80 mil fêmeas deste inseto. De acordo com pesquisadores, apesar da existência de inúmeros corantes artificiais, o carmim ainda é muito usado pois, além de ser um produto natural, apresenta alta estabilidade, é seguro e sua cor é pouco afetada pela exposição à luz. 

O gênero Nopalea vem da palavra nohpalli, do idioma asteca Nahuati, que denomina os filocládios da palma, localmente conhecidos como "almofadas" ou "raquetes". O seu epíteto específico, cochenillifera, é referência ao nome popular dos insetos cultivados nos seus filocládios. 

Autoria: Sandra Zorat Cordeiro (2019)

Barra verde - referências bibliográficas

Carvalho, R.A.; Lopes, E.B.; Silva, A.C.; Leandro, R.S.; Campos, V.B. Controle alternativo da cochonilha do carmim em palma forrageira no Cariri paraibano. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: https://www.mma.gov.br/estruturas/174/_arquivos/174_05122008112054.pdf. Acesso em 30 Out. 2019.

Kinupp, V.F., Lorenzi, H. (2017) Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil.  Reimpressão, São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora.

Lorenzi, H. (2015) Plantas para jardim no Brasil – herbáceas, arbustivas e trepadeiras. 2ª. ed., São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora.

Quattrocchi, U. (2012) CRC World Dictionary of Medicinal and Poisonous Plants: Common Names, Scientific Names, Eponyms, Synonyms, and Etymology. Reimpressão. Boca Raton: CRC Press. 2012.

Sensient Technologies Corporation. Carmim - vista geral. Disponível em: http://www.sensient.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=67&Itemid=462. Acesso em: 30 Out. 2019.

Silva, R.R.; Sampaio, E.V.S.B. Palmas forrageiras Opuntia fícus-indica e Nopalea cochenillifera: sistemas de produção e usos. Revista GEAMA, v.1, n.2, p. 151-161. 2015.

Zappi, D.; Taylor, N. Cactaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB1609>. Acesso em: 29 Out. 2019

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