Eruca vesicaria (L.) Cav.
Família: BRASSICACEAE
Nome científico: Eruca vesicaria (L.) Cav.
Nome popular: rúcula
Fotos: Ricardo Cardoso Antonio
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Foto: Matheus Gimenez Guasti
Eruca vesicaria, ou simplesmente: rúcula. Originária da Europa, a rúcula já era cultivada pelos romanos, desde a Antiguidade, e usada tanto como planta medicinal, como para extração de óleos de suas sementes e para consumo in natura. Esta espécie se apresenta como uma erva ereta, atingindo cerca de 70 cm de altura, com folhas de cor verde escura, espatuladas e/ou recortadas, dispostas em roseta. Possui inflorescência racemosa, com flores tetrâmeras de pétalas amareladas, nervuras marrons avermelhadas e estames amarelos. Por ter flores que se abrem de baixo pra cima no eixo principal, esse tipo de inflorescência é caracterizado pela floração dos ramos mais jovens e próximos ao ápice simultaneamente à frutificação nos ramos mais velhos e afastados deste. O fruto da rúcula é do tipo síliqua, muito semelhante a uma vagem com aparência pouco inflada quando jovem, mas que se torna seco e deiscente quando maduro.
Nas últimas duas décadas, a rúcula vem tendo maior espaço no mercado brasileiro e mundial de hortaliças, não apenas por conta da sua composição nutricional, com altos teores de ferro, potássio, vitaminas A e C, pelo seu sabor forte, picante e às vezes amargo, mas, principalmente, pela presença de metabólitos secundários denominados glicosinolatos, com reconhecidas propriedades antioxidantes e antitumorais. Estudos acerca da presença e eficácia desta classe de metabólitos vêm sendo realizados não apenas na rúcula, mas em diversas espécies de hortaliças da família Brassicaceae, como o rabanete, a couve, o nabo, o agrião e a mostarda.
O nome Eruca, de acordo com o Missouri Botanical Garden, vem do latim eructo, que tem um significado prá lá de esquisito para se nomear um gênero botânico. Eructo significa arroto, uma referência ao forte sabor das folhas deste vegetal, podendo, com certeza, não agradar a todos. Já o seu epíteto específico vesicaria, significa “com pequenas bexigas”, uma alusão aos seus frutos imaturos, com aspecto inflado.
Autoria: Sandra Zorat Cordeiro (2019)
Harrison, L. (2012) Latim para jardinistas: mais de 3000 plantas explicadas e detalhadas. São Paulo: ed. Europa.
Paulino, F.F. Avaliação de Componentes Voláteis e Atividade Antioxidante em Eruca sativa Mill., Brassica rapa L. e Raphanus sativus L. após processamento. Dissertação (mestrado) – UFRJ / Faculdade de Farmácia / Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, 2008.
MOBOT - The Missouri Botanical Garden. Plant Finder - Eruca versicaria subsp. sativa. Disponível em: http://www.missouribotanicalgarden.org/PlantFinder/PlantFinderDetails.aspx?taxonid=278075&isprofile=1&basic=eruca. Acesso em 19 set. 2019.
Purquerio, L.F.V.; Demant, L.A.R.; Goto, R.; Villas Boas, R.L. Efeito da adubação nitrogenada de cobertura e do espaçamento sobre a produção de rúcula. Horticultura Brasileira n. 25, p.464-470, 2007.
Trani, P.E.; Fornasier, J.B.; Lisbão, R.S. Cultura da rúcula. Campinas: IAC. 1992. 8p. (Boletim técnico 146).