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Convidados

Rodolfo Caesar - homenageado

Nascido em 1950 no Rio de Janeiro, estudou no antigo Instituto Villa-Lobos, dirigido por Reginaldo Carvalho, ali começando seu interesse pelo relacionamento entre as novas tecnologias e a música. Aluno de Pierre Schaeffer, formou-se em música eletroacústica no CNSMD de Paris em 1976. Desde então, vem compondo peças autônomas ou relacionadas a outras artes, tais como a dança, o teatro, o cinema, a poesia e as artes plásticas, sendo exibidas em galerias e museus, ou em concertos e programas radiofônicos. Doutorou-se na Inglaterra, supervisionado por Denis Smalley, em 1992, e mais tarde integrou o Departamento de Composição da Escola de Música da UFRJ. O núcleo central de seus temas de interesse é a escuta. Para abordar essa temática, lança mão da interdisciplinaridade cotejando as áreas com as quais convive artisticamente. Financiado pelo CNPq, seus projetos de pesquisa, antigos e recente, abordam a interseção entre o humano, o animal e o tecnológico.

Quatro Fábulas sobre a Escuta

Essa palestra é resultado parcial da pesquisa ‘Revisitando a Zoophonie de Hercule Florence’, que desenvolvo na UFRJ com apoio do CNPq, na qual investigo - através da escuta - o relacionamento entre três agentes: animais, humanos e tecnologias. A pesquisa tem como base o registro, a análise e a síntese de itens do universo zoofônico, isto é, de expressões sonoras de animais, em consonância com a proposta de Florence. Apresento, nesta fala, quatro exemplos em que a relação entre os agentes convida a desdobramentos conceituais, passando por diversas áreas de conhecimento. A composição serve como método para essa investigação, que tem implicado em uma crítica às noções de ‘som' e da própria escuta.

 

Conferência Magna - Joshua Banks Mailman (Columbia University)

Criado em Nova York, frequentou a Escola Secundária de Artes F.H. LaGuardia (como guitarrista e violista). Em seguida, foi para a Universidade de Chicago, onde se formou em filosofia, fazendo vários cursos também em música e matemática. Por vários anos, estudou e ensinou teoria musical na Eastman School of Music, em Rochester, NY, concluindo o mestrado (2003) e o doutorado em teoria musical. Mora em Nova York desde que concluiu o doutorado, em 2010, e lecionou na Columbia University nos anos acadêmicos de 2010-12, 2013-15 (bem como nas universidades NYU, Fordham, Hofstra e William Patterson). No ano acadêmico de 2012-13, foi Professor Visitante no Departamento de Música da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (UCSB). Durante os anos acadêmicos de 2015-17, foi instrutor de teoria musical em tempo integral na University of Alabama, Tuscaloosa. No outono de 2017, voltou a lecionar na Universidade de Columbia.

 

 

Marisa Fonterrada (Unesp - São Paulo)

Livre Docente em Técnicas de Musicalização (UNESP), Doutora em Antropologia e Mestre em Psicologia da Educação (PUCSP), Bacharel em Música (Instituto Musical São Paulo).  Docente do Instituto de Artes da UNESP e sua Diretora (2000/2004). Diretora da Escola Municipal de Música de São Paulo (1977/1985). Criadora da EMIA – Escola Municipal de Iniciação Artística (1980/81) e da ETEC de Artes, do Centro Paula Souza, em São Paulo (2008/2009). Autora de livros e artigos sobre música, educação musical e ecologia acústica; tradutora de Murray Schafer desde 1991. Últimas traduções:  OuvirCantar (2018) e Vozes da tirania, templos do silêncio (2019, Ed. Unesp). Membro do FLADEM – Fórum Latino-americano de Educação Musical, do Fladem Brasil e do WFAE – The World Forum for Acoustic Ecology; ABEM – Associação Brasileira de Educação Musical e de The Wolf Project, no Canadá. Participação no Projeto “Caminhos sonoros”, em Mairiporã, SP, (2007 a 2014), Coordenadora do Coral da Unesp (2000-2004) e do Projeto Educação Musical pela Voz (UNESP – 1989/2013). Coordenadora do G-PEM – Grupo de Pesquisa em Educação Musical IA/ Unesp, certificado pelo CNPq, desde 1997.  

 

Michael Winter (Santa Bárbara - Califórnia)

Meu trabalho geralmente explora processos simples, nos quais sistemas, situações e configurações dinâmicas são definidas por meio de pontuações mínimas baseadas em gráficos e textos que podem ser realizadas de várias maneiras. Para mim, tudo o que experimentamos é computável. Dada essa filosofia digital, reconheço até meus trabalhos mais abertos como algorítmicos; e, embora nem sempre aparente na superfície de qualquer peça, as considerações de computabilidade e epistemologia são parte integrante da minha prática. Costumo conciliar limites epistemológicos com a praticidade artística, considerando e abordando os limites da computação de um ponto de vista musical e experimental e colaborando com outros artistas, matemáticos e cientistas para integrar objetos, idéias e textos de vários domínios como elementos estruturais. em minhas peças. Tenho realizado apresentações nas Américas e na Europa em locais que variam em tamanho, de pequenos porões a grandes museus a espaços públicos ao ar livre (alguns exemplos de festivais e locais mais conhecidos incluem REDCAT, Los Angeles; o Ostrava Festival of New Music; Tsonami Arte Sonoro Festival , Valparaiso, o Huddersfield New Music Festival e Umbral Sesiones no Museo de Arte Contemporáneo, Oaxaca). Em 2008, co-fundei o wulf., uma organização sediada em Los Angeles, dedicada à arte e performance experimental. Como laboratório e centro para explorar novas ideias, o wulf. tornou-se um experimento em comunidades e economias alternativas. Da mesma forma, meu trabalho subverte convenções e hierarquias discriminatórias, explorando formas alternativas de apresentação e interação.