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Seminário da ANPEd sobre o Novo Ensino Médio: pesquisadores defendem a revogação da reforma

por Comunicação publicado 06/06/2023 15h32, última modificação 12/06/2023 14h49
Atividade, que aconteceu no dia 2 de junho na UNIRIO, teve como objetivo fomentar o debate entre especialistas e dar visibilidade à pesquisa recente sobre o tema, como subsídio à consulta pública realizada pelo Ministério da Educação

A Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) promoveu, no dia 2 de junho, o quarto seminário Ensino Médio - o que as pesquisas têm a dizer?. O evento aconteceu de forma presencial no Auditório Tércio Pacitti (CCET/Ibio) da UNIRIO.

A atividade teve como objetivo fomentar o debate entre especialistas e dar visibilidade à pesquisa recente sobre o tema, como subsídio à consulta pública realizada pelo Ministério da Educação (MEC). Participaram da mesa de abertura a diretora da Escola de Educação da UNIRIO, Andréa Rosana Fetzner, o vice-coordenador do Fórum Estadual de Educação do Rio de Janeiro, professor José Carlos Madureira, e a presidenta da ANPEd, Geovana Lunardi Mendes.

Já na mesa de debates, o encontro contou com a presença de Alice Casimiro Lopes (Uerj), Fernando Cassio (UFABC), Eliza Bartolozzi (Ufes) e Teodoro Zannardi (PUC-MG). A mediação foi feita pela vice-presidenta da ANPEd - Região Sudeste e docente da UNIRIO, Maria Luiza Sussekind. 

Durante o evento, os debatedores foram unânimes em afirmar que é imprescindível revogar a reforma do Novo Ensino Médio. Em sua apresentação, a docente Alice Casimiro Lopes fez um retrospecto das mudanças nas políticas educacionais, desde 2013. “Temos que continuar a luta política e os processos de articulação daquilo que acreditamos ser democrático. Quais articulações políticas serão feitas neste processo? Quando falamos em revogação da reforma do Ensino Médio, do que estamos falando? Que nomes vamos dar? É revogação? É reinvenção? Deixando vários pontos em aberto para esse debate, gostaria de afirmar que qualquer que seja o resultado da nossa luta contra a reforma do Ensino Médio, ela não terminará com a revogação da reforma, vai continuar na academia, nas escolas, nas ruas, na vida. Sem descanso, na defesa da escola pública, da educação e da justiça social”, enfatizou. 

Em seguida, a pesquisa apresentada por Fernando Cassio demonstrou evidências de que a reforma aprofunda as desigualdades educacionais  e agrava os problemas escolares. Ele citou exemplos que apontam para a inviabilidade da reforma. “Para conseguir cumprir a carga horária que foi ampliada pela reforma, estudantes do período noturno estão tendo aulas remotas. É impossível exigir que esses estudantes cheguem na escola às 17h, pois muitos precisam trabalhar durante o dia. Muito menos conseguem estudar no horário integral. Se não houver uma política de permanência estudantil, isso não vai acontecer”, alertou.

Da mesma opinião, Eliza Bartolozzi ressaltou que não se pode colocar em prática uma realidade que não é do Brasil. “Não podemos copiar modelos de países desenvolvidos se nossos estudantes vivem em países subdesenvolvidos. Na verdade, essa reforma produz retrocesso educacional. Rompe a questão sistêmica da formação; está cada vez mais fatiada em itinerários”. Eliza ressaltou também a falta de professores concursados para oferecer um leque tão variado de disciplinas. “Na prática, a escola acaba ofertando um número menor de itinerários e os estudantes acabam optando por disciplinas mais fáceis, e não porque se identificam com o conteúdo”, explicou.

Ao finalizar as apresentações, o professor Teodoro Zannardi  ratificou as opiniões dos colegas da mesa e sugeriu alguns questionamentos: "Para que serve o Ensino Médio? Qual o papel dele? O que a gente está esperando dele? Irão todos os alunos para o ensino superior? Claro que não. Como pensar que esse Ensino Médio pode permanecer?  Esse projeto tem um problema de natureza. A natureza dele é cruel. É contra a juventude de nosso país. Foi gestado para a exclusão. Qual o remédio para esse Ensino Médio? Se esse Ensino Médio é uma fratura exposta, cabe um band-aid nele? É óbvio que não. Por isso, a revogação é tão necessária", afirmou.

Nova proposta para a área

 A ANPEd produzirá um relatório a partir dos encontros e o MEC tem acompanhado cada evento como observador com o intuito de colher subsídios para a formulação de nova proposta para a área. Serão ao todo cinco encontros. Depois do Rio de Janeiro, o último seminário será realizado na Universidade de Brasília. Após prorrogação do prazo final para contribuições, a consulta pública do MEC seguirá até o mês de julho

Confira o vídeo do Seminário da ANPEd na UNIRIO. 

Conheça os principais documentos normativos que regulamentam o Ensino Médio no Brasil atualmente. 

(Liliana Glanzmann Vallejo - Jornalista Comso)

 

 


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