O processo de institucionalização do Museu do Instituto Benjamin Constant: presenças e ausências. Esse é o título da primeira tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio (PPGMUS), que será defendida nesta sexta-feira, 20 de março, a partir das 13h30, no auditório do prédio anexo do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast).

Desenvolvido pela aluna Débora de Almeida Rodrigues, sob orientação dos professores Marcus Granato e Icléia Thiesen, o estudo se volta para o museu criado nas dependências do Instituto Benjamin Constant (IBC) – instituição fundada em 1854 para atender a demanda da educação de cegos no Brasil.

A partir de questionamentos sobre o papel do Museu, seu processo de institucionalização ao longo dos anos e o uso da tecnologia como meio de inclusão, a autora analisou documentos primários custodiados por arquivos públicos e depoimentos de membros da comunidade do IBC. Além do embasamento teórico, a tese apresenta um panorama acerca da questão da deficiência visual e discute sobre as tecnologias para uso de deficientes visuais nos museus.

Em relação à trajetória do Museu do IBC, a autora verificou coerência com museus similares e mudanças da legislação pertinente, “sem perda de sua singularidade como museu tradicional escolar e lugar de memória que reforça positivamente a identidade de indivíduos cegos”.  

O Mast se localiza na Rua General Bruce, 586, São Cristóvão.