código do Google analytics Novos Gestores: Nina Saroldi, diretora da Escola de Engenharia de Produção — Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Webmail | Guia Telefônico |  Perguntas Frequentes |  Fale ConoscoOuvidoria Comunicação Institucional

Central de Conteúdos

icone de uma filmadora com auto falanteAudiovisual

Icone de um calendárioEventos

Ícone de um jornal dobradoPublicações

ícone periódicosPortal de Periódicos

icone repositorio: ilustração de fundo azul com conteúdo textual na cor brancaRepositório Hórus

Você está aqui: Página Inicial / Novos Gestores: Nina Saroldi, diretora da Escola de Engenharia de Produção

Novos Gestores: Nina Saroldi, diretora da Escola de Engenharia de Produção

por Comunicação publicado 04/08/2021 15h15, última modificação 30/08/2021 16h24
À frente da unidade desde outubro de 2020, professora Nina Saroldi fala sobre os desafios enfrentados pela comunidade acadêmica durante a pandemia

Unir o instrumental oferecido pelas ciências exatas e da natureza com a reflexão crítica e a imaginação política trazidas pelas ciências humanas é a proposta da Escola de Engenharia de Produção da UNIRIO, única do Brasil a oferecer habilitação em Produção Cultural.

À frente da Escola desde outubro de 2020, a professora Nina Reis Saroldi fala sobre sua gestão e os desafios enfrentados pela comunidade acadêmica durante o período de ensino remoto.

Nina é graduada em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre, também em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Em 2002, defendeu sua tese de doutorado em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. É docente da UNIRIO desde 2010, no Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET).

A entrevista marca a estreia da série “Novos Gestores”, com diretores e decanos da UNIRIO que assumiram o cargo ou foram reconduzidos no último biênio, concomitantemente ao período de pandemia.

Seus cursos de graduação e mestrado foram na área de Filosofia, e o doutorado, em Teoria Psicanalítica. Como foi a trajetória até a Escola de Engenharia de Produção?

O caminho foi atípico: depois que terminei meu doutorado, comecei a trabalhar em várias "frentes", virei palestrante e professora na educação executiva, em empresas e instituições. Comecei, como freelancer, a coordenar uma coleção de psicanálise intitulada Para ler Freud, na editora Civilização Brasileira.

Sempre sonhei em ser professora de universidade federal, mas, por conta da minha formação interdisciplinar, era muito difícil encontrar um concurso do qual eu pudesse participar – geralmente, se exigia que o candidato tivesse todos os títulos em uma mesma área. Quando já estava quase desistindo da ideia, soube do concurso para Produção Cultural no curso novo de Engenharia de Produção com Habilitação em Cultura. A bibliografia era eclética e incluía vários livros que eu já tinha lido. No dia da prova, soube que era a única candidata que não tinha nenhum título em Engenharia de Produção. Achei que não fosse passar, mas, por “espírito esportivo", fiz a prova. Quando dei por mim, estava aqui!

Quais são os principais desafios da Escola de Engenharia de Produção para os próximos anos?

Continuar unindo Engenharia e Cultura, repensar e reformular os sistemas de produção à luz dos desafios ambientais e sociais colocados pela crise do coronavírus. A Engenharia de Produção dispõe de ferramentas de solução de problemas que podem se aplicar a várias áreas e, diante da catástrofe ambiental que estamos vivendo, todos os processos – seja na indústria, seja no setor de serviços ou na área da produção cultural – precisam com urgência de uma reformulação.

Poderia destacar algumas das prioridades de sua gestão?

1) Integrar, de modo mais orgânico, as disciplinas pertinentes à Habilitação em Cultura com as disciplinas do ciclo profissionalizante;

2) Despertar, sobretudo por meio do investimento em projetos de extensão, o senso de pertencimento e de responsabilidade dos estudantes em relação à sociedade;

3) Preparar os estudantes para viver e produzir em um mundo no qual o "projeto de modernização" do Ocidente fracassou, e no qual só será possível sobreviver, com as ferramentas do presente, olhando o futuro com novos “óculos”, com novos padrões de sustentabilidade existenciais.

Desde sua posse, no ano passado, quais foram as ações mais urgentes?

A adaptação – tecnológica, didática e comportamental – de toda a comunidade da Escola às interações mediadas pelas telas e à ausência do contato presencial.

Como você avalia o período de ensino remoto? Quais os preparativos para o retorno às atividades presenciais?

Eu acho que o período remoto está sendo traumático para todos. Por mais que haja um aprendizado e até compensações no período – por exemplo, os alunos relatam ter mais tempo para estudar, sem a necessidade do deslocamento até o campus –, a ausência do contato presencial tem gerado muita carência, muitos mal-entendidos, muitos conflitos difíceis de resolver.

Já há um debate, em diversas instâncias colegiadas, acerca dos prós e contras do ensino híbrido, modelo que, por diversos motivos, talvez tenha que ser adotado no retorno. Eu, particularmente, temo uma certa dificuldade de readaptação da comunidade ao convívio presencial, depois de tanto tempo isolados em casa. Mesmo assim, não vejo a hora de voltar.

Que mensagem você deixaria para a comunidade da Escola?

Vamos fazer do "limão uma limonada" e guardar, com gratidão, as diversas lições destes tempos sombrios. Que voltemos ao presencial mais concentrados e mais fortes em nossa missão de educar e de aprender.

E para os interessados em ingressar no curso, o que você diria?

O curso de Engenharia de Produção da UNIRIO é para estudantes ousados e curiosos. De um lado, o interessado pode incrementar a formação habitual em Engenharia com uma visão mais humanista, proporcionada pelas disciplinas da área de Produção em Cultura. Eu costumo chamar o egresso deste tipo de "engenheiro com pimenta", porque temos colhido depoimentos de ex-alunos, agora empregados em áreas clássicas da engenharia de produção, que nos mostram o quanto a formação mais humanista faz diferença no perfil profissional.

Outro tipo de aluno que formamos é aquele que está mais interessado na Produção em Cultura do que na Engenharia, em princípio, mas que percebe o quanto as ferramentas aprendidas no ciclo profissionalizante fazem falta aos produtores que possuem, apenas, a formação tradicionalmente "de Humanas" dos bacharelados em Produção Cultural existentes. Conforme o curso vai ficando mais conhecido, aumenta o número de ingressantes que nos procura com a intenção de se inserir nas indústrias criativas.


e-mec - consulte aqui o cadastro da instituição nos sitemas emec Capes CNPQ marca rede unirio marca seiunirio