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Novos Gestores: Morena Gomes Marques Soares

por Comunicação publicado 21/09/2021 12h11, última modificação 22/09/2021 08h45
Diretora da Escola de Serviço Social discute suas propostas para consolidação e expansão do curso e os desafios enfrentados durante o período de ensino remoto

O Bacharelado em Serviço Social da UNIRIO iniciou suas atividades no dia 5 de abril de 2010. A estrutura da nova graduação foi sistematizada a partir das mais recentes discussões na área, com apoio do Conselho Regional de Serviço Social (Cress-RJ) e de órgãos como a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS).

Em entrevista para a série “Novos Gestores”, da Coordenadoria de Comunicação Social da UNIRIO, a professora Morena Gomes Marques Soares, à frente da Escola de Serviço Social (ESS) desde fevereiro de 2021, discute suas propostas para consolidação e expansão do curso e os desafios enfrentados durante o período de ensino remoto.

Assistente social graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Morena é doutora em Serviço Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Na UNIRIO, coordena o projeto de extensão "Assessoria, Educação Popular e Serviço Social".

A série “Novos Gestores” traz entrevistas com diretores e decanos da UNIRIO que assumiram o cargo ou foram reconduzidos no último biênio, pouco antes ou durante o período de pandemia.

Quais são os principais desafios da Escola de Serviço Social para os próximos anos?

Penso que três são os principais desafios para a Escola de Serviço Social nos próximos anos: a consolidação da graduação em Serviço Social e o reconhecimento da sua excelência político-pedagógica; a expansão da estrutura física desta unidade de ensino com a finalização da obra do novo prédio do CCH [Centro de Ciências Humanas e Sociais]; e, por fim, a criação de uma pós-graduação stricto sensu.

Poderia destacar as prioridades de sua gestão?

Dentre as prioridades da atual gestão, sobretudo, no âmbito da graduação, destaco:

  • Realizar uma gestão colegiada acadêmica e administrativa, com vistas a dar continuidade ao processo de construção da Escola de Serviço Social;
  • Ampliação e consolidação das relações institucionais com as instâncias internas da UNIRIO, as instâncias organizativas da categoria profissional (ABEPSS, CFESS-CRESS e ENESSO) e as agências governamentais;  
  • Organização de ações em defesa da ampliação do espaço físico para a Escola de Serviço Social e da indissociabilidade do tripé ensino-pesquisa-extensão;
  • Implementação do Projeto Político-Pedagógico da ESS, a partir do retorno ao ensino presencial;
  • Consolidação de uma política de extensão universitária conforme legislação em vigor e de acordo com a direção social do projeto de formação profissional da Escola; 
  •  Estimular o debate junto ao CCH e à Pró-Reitoria de Graduação sobre uma política de ocupação das vagas discentes ociosas, bem como sobre a justa execução da política de cotas;
  • Criação da Coordenação de Estágio e Extensão;
  • Manter a qualidade do estágio curricular, a interlocução e aproximação com os campos, a continuidade do Fórum de Supervisão de Estágio da ESS e o curso de capacitação para supervisores.
     

Quais foram as ações mais urgentes desde sua posse?

Afirmo que não foram "ações urgentes", e sim "ações desafiadoras". O maior desafio ainda se encontra na busca pela qualidade da formação profissional neste período de ensino remoto emergencial, assim como na oferta do estágio curricular obrigatório. Manter a rigorosa articulação entre ensino-pesquisa-extensão em tempos tão adversos (e excepcionais) foi o maior objetivo desta Escola.

Para tanto, devo reconhecer a excelência do trabalho das demais colegas que compõem comigo a gestão desta Escola – a coordenadora de Graduação, Janaína Bilate, a chefe do Departamento, Lobélia Faceira, a professora Renata Gomes e a assistente social Celeste Anunciata, responsáveis pela Coordenação de Estágio –, assim como a unidade e o empenho do nosso corpo docente e técnico.

Como você avalia o período de ensino remoto? Quais os preparativos para o retorno às atividades presenciais?

O período remoto foi uma excepcionalidade necessária diante da crise sanitária pela qual passa o país e o mundo. Contudo, o confinamento, a aceleração das demandas e fluxos de trabalho e a não interação presencial com a comunidade acadêmica mexeram com a saúde mental de todos, principalmente estudantes, muitos dos quais relatam quadros de estresse, tristeza e depressão.

Hoje, diferente de um ano atrás, vislumbramos um retorno presencial. Mas estamos cientes da ausência de recursos para que a universidade possa se preparar, de fato, para essa volta às atividades presenciais. Isto é, falamos de um retorno sem perspectiva do atendimento às exigências sanitárias: divisórias entre carteiras, reforço à ventilação das salas, disposição em quantidade significativa de álcool em gel, EPIs [equipamentos de proteção individual], sabão nos banheiros.

Que mensagem você deixaria para a comunidade da Escola?

Em tempos de obscurantismo e desvalorização da universidade e da produção de conhecimento, deixo para a comunidade da Escola e os ingressantes no curso de Serviço Social uma poesia de Bertolt Brecht, intitulada Precisamos de você:

Aprende – lê nos olhos,
lê nos olhos – aprende
a ler jornais, aprende:
a verdade pensa
com tua cabeça.

Faça perguntas sem medo
não te convenças sozinho
mas vejas com teus olhos.
Se não descobriu por si
na verdade não descobriu.

Confere tudo ponto
por ponto – afinal
você faz parte de tudo,
também vai no barco,
"aí pagar o pato, vai
pegar no leme um dia.”

Aponte o dedo, pergunta
que é isso? Como foi
parar aí? Por quê?
Você faz parte de tudo.

Aprende, não perde nada
das discussões, do silêncio.
Esteja sempre aprendendo
por nós e por você.

Você não será ouvinte
diante da discussão,
não será cogumelo
de sombras e bastidores,
não será cenário
para nossa ação.


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